Desconstruções
(Marta Medeiros com adaptação de Berkhof e MINISTRA)
Quando a gente conhece uma pessoa, construímos uma imagem dela. Esta imagem tem a ver com o que ela é de verdade, tem a ver com as nossas expectativas e tem muito a ver com o que ela "vende" de si mesma. É pelo resultado disso tudo que nos apaixonamos. Se esta pessoa for bem parecida com a imagem que projetou em nós, desfazer-se deste amor, mais tarde, não será tão penoso.
Restará a saudade, talvez uma pequena mágoa, mas nada que resista por muito tempo. No final, sobreviverão as boas lembranças. Mas se esta pessoa "inventou" um personagem e você caiu na arapuca, aí, somado à dor da separação, virá um processo mais lento e sofrido: a de desconstrução daquela pessoa que você achou que era real.
Desconstruindo Flávia, desconstruindo Mara, desconstruindo aquela jovem que dizia que me amava ou será que fui eu quem disse isto? Sinceramente, eu não sei, apenas sei que não sei o que é amar virtualmente. Ou será que ninguém ama? E amor.......afinal, o que é isto? Palavra simples e tanto dita por todos......mas será que sabemos o seu real significado? Amar até a morte....
Milhares de pessoas estão vivendo seus dias aparentemente numa boa, mas por dentro estão desconstruindo ilusões, tudo porque se apaixonaram por uma fraude, não por alguém autêntico, mas sim por um personagem criado por alguém, que, mais tarde a dura realidade te mostra que não existe e nunca existiu. Ok, é natural que, numa aproximação, a gente "venda" mais nossas qualidades que defeitos.
Ninguém vai iniciar uma história ou uma conversa dizendo: muito prazer, eu sou arrogante, preguiçoso e cleptomaníaco, gosto de mandar, não gosto de ouvir, muito menos de me envolver com problemas de alguém, porque tenho meus próprios problemas. Não tenho paciência, nem pretendo(isso significa que nem ao menos vou tentar) te fazer sentir a melhor e mais feliz pessoa do mundo.
Nada disso, é a hora de fazer charme, “dengo”, afinal é uma conquista tem-se causar a melhor impressão possível. Mas isso é no começo. Uma vez o romance engatado, aí as defesas são postas de lado e a gente mostra quem realmente somos, nossas gracinhas e
nossas imperfeições.
Isso se formos honestos. Os desonestos do amor são aqueles que fabricam idéias
e atitudes, planejam cada passo, cada ação direcionada a outra pessoa, até que um dia cansam da brincadeira, deixam cair a máscara e o outro fica ali, atônito, sem reação , imaginando que aquilo tudo é só uma fase, que vai passar, que é apenas um dia de cansaço, ou um problema no trabalho que resultou naquela pessoa que você está vendo na sua frente com face de quem você já conhece, mas com personalidade de quem você nunca conheceu. Quem se apaixonou por um falsário, tem que desconstruí-lo, para se desapaixonar. Isso é um sufoco.
Exige que você reconheça que foi seduzido por uma fantasia, que você é capaz de se deixar confundir, que o seu desejo de amar é mais forte do que sua astúcia.
E você percebe que o seu desejo de ser feliz foi simplesmente desconsiderado. Muitas pessoas passam a se odiar e não se perdoam por ter cometido tamanha “burrice”. E se pergunta, como pôde ser tão ingênua a ponto de não pensar na possibilidade daquela pessoa não existir?
ignifica encarar que alguém por quem você dedicou um sentimento nobre e verdadeiro não chegou a existir, tudo não passou de uma representação? E olha, talvez até não tenha sido por mal, pode ser que esta pessoa nem conheça a si mesma, por isso ela se inventa, ou que ela queira tanto ser diferente que passa a pensar que é, mas que não é.
ignifica encarar que alguém por quem você dedicou um sentimento nobre e verdadeiro não chegou a existir, tudo não passou de uma representação? E olha, talvez até não tenha sido por mal, pode ser que esta pessoa nem conheça a si mesma, por isso ela se inventa, ou que ela queira tanto ser diferente que passa a pensar que é, mas que não é.
A gente resiste muito a aceitar que alguém que amamos não é, e nem nunca foi, especial, nunca foi e nem passou perto de ser a pessoa que você quer que esteja ao seu lado. Que sorte quando a gente sabe com quem está lidando: mesmo que venha a desamá-lo um dia, tudo o que foi construído se manterá de pé.
A gente resiste muito a aceitar que alguém que amamos não é, e nem nunca foi, especial, nunca foi e nem passou perto de ser a pessoa que você quer que esteja ao seu lado. Que sorte quando a gente sabe com quem está lidando: mesmo que venha a desamá-lo um dia, tudo o que foi construído se manterá de pé.
Realmente, você se apaixonar por alguém que você mais tarde descobre que não existe é "barra"! Não venho aqui para dizer que esta pessoa não tenha merecido o amor que ganhou, porem o alvo do sentimento era alguém que na verdade não existia, ou talvez sim, porem não teve força suficiente para falar mais alto na vida de quem o inventou.
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