terça-feira, maio 27, 2008

No rosto uma incerteza, nas mãos a dúvida,
entre o que eu desejo e o que possuo, o medo,
entre o meu sonho e a realidade, uma barreira,
entre a vida e a morte, uma sombra,
entre o dia de hoje e o passado, um vazio.
e por fim, a constatação: não é fácil viver.

Talvez seja pela falta de um manual,
o ser humano parece ser complicado demais,
e a sua simplicidade é apenas externa,
queremos sempre mais do que não temos,
não valorizamos como deveríamos os momentos,
somos rápidos para comemorar, dando pouco valor,
e nos demoramos demais na dor...

A vida ensina sim, mas por vezes,
a custa de muita dor e sofrimento,
e nem sempre entendemos o recado transmitido,
e voltamos a cometer os mesmos erros,
e sofremos, e choramos e até nos entregamos,
e vivemos para perguntar:
por quê?

Quanta dor poderia ser poupada?
Não sei...
Acredito que pouca,
pois "somos desbravadores de nós mesmos",
temos esse delicioso e perigoso poder de decidir,
somos nós que escolhemos nossos caminhos,
e é por isso que o dia termina com a noite,
com o convite a reflexão: o que fizemos do nosso dia?

E bate aquele desejo de mudar, de querer fazer melhor,
de ser feliz, de vencer, conquistar, amar e ser amado,
e é esse sentimento que nos move, que nos agiganta,
que os tolos chamam simplesmente de sonhos,
mas nós, calejados pela dor, chamamos de "ESPERANÇA".

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